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Eventos

Veja como foi a participação do CeMEAI no Pint of Science

Entre os dias 18 e 20 de maio, a cidade de São Carlos foi uma das sedes do Pint of Science, festival internacional de divulgação científica que ocorreu simultaneamente no Reino Unido, na Irlanda, na França, na Itália, nos Estados Unidos, na Austrália, na Espanha, na Alemanha e, pela primeira vez, no Brasil. Confira como foi a participação do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) no evento!

 

Veja também: Inovação e ciências matemáticas no Pint of Science 2015

Imagens e edição de imagens - Leonardo Zacarin

Assessoria de Comunicação - CeMEAI

 

Edição de texto - Carla Monte Rey

Assessoria de Comunicação - CeMEAI

Inovação e ciências matemáticas no Pint of Science 2015

CEPID-CeMEAI discutiu essa temática no Festival Internacional de Divulgação Científica

Francisco Louzada Neto, pesquisador do CeMEAI, foi o mediador do evento

 

Quarta-feira, sete e meia da noite. Aos poucos, o espaço do Mosaico Restaurante, no centro de São Carlos vai ganhando público. E fica lotado. Gente que chega para prestigiar uma das últimas mesas-redondas do Pint of Science 2015, evento internacional de divulgação científica realizado pela primeira vez no Brasil, por iniciativa do ICMC – Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação. Foram seis mesas-redondas ao todo, em locais mais descontraídos, como restaurantes e bares. Tudo para aproximar pesquisadores, empresários e a comunidade em geral.

Quem coordenou o bate-papo foi o pesquisador Francisco Louzada, também coordenador de transferência tecnológica do CEPID-CeMEAI – Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria. Além de Louzada, cinco convidados falaram sobre o tema: José Alberto Cuminato – diretor do CEPID-CeMEAI, Edson Leite – coordenador de transferência tecnológica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (da UFSCar), Eduardo Brito – agente de inovação e analista administrativo da Agência USP de Inovação, Emiliano Valério -  diretor da empresa Stepwise, de consultoria estatística, e Euclides Matheucci Jr., diretor da DNA Consult Genética e Biotecnologia.

Francisco Louzada falou de inovação, palavra que vem do latim (innovare) e está relacionada à mudanças, ao redescobrir sempre. E a Matemática onde entra nisso? O tempo todo. “Desde que acordamos temos a matemática no despertador, conseguimos programar um tempo pra tomar um café, depois recebemos pela tv informações como as estatísticas de crimes, resultados de jogos etc”, ressaltou.  

A estrutura do CeMEAI também foi reforçada: funciona como uma ponte entre a universidade e a comunidade. “Há um problema industrial, há uma análise, teorização e proposição de solução desse problema, depois um treinamento dos profissionais envolvidos para assimilação dos resultados e por fim a transferência assistida de tecnologia”. Também foram exemplificados os trabalhos do CeMEAI junto às indústrias da área da saúde, projetos de detecção de talentos esportivos, modelagem estatística para detecção de fraudes, e trabalhos junto à empresas petrolíferas, de móveis e de produção de frangos. São apenas alguns dos cerca de 50 projetos do Centro. Parcerias com mais de 30 empresas.

Foram citados ainda pelo professor a Clínica Matemática, já em prática auxiliando por meio das ciências matemáticas as empresas na solução rápida de problemas, e o MECAI – Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação aplicadas à Indústria, voltado para a formação de pesquisadores aptos a identificar problemas complexos no setor empresarial por meio de uso eficiente e crítico de métodos matemáticos, estatísticos e de computação. Este ano o mestrado teve 151 inscritos. Louzada explicou que a ideia do CEPID ganhou ainda mais força com o professor José Alberto Cuminato, atual diretor do CeMEAI. “O símbolo do CeMEAI é uma espécie de semente conectada a uma engrenagem em formato de flor, fazendo alusão a semear as ciências matemáticas, levando-as às industrias”, disse ele.

Países desenvolvidos são países que inovaram em ciências matemáticas

José Alberto Cuminato, falou sobre a realidade do Brasil e de outros países em desenvolvimento em relação às ciências matemáticas. “Elas têm geralmente histórico acadêmico. Se perguntarmos aos alunos o que esperam da formação em matemática muitos dirão que pretendem ser professores ou no máximo professores universitários. Os nossos próprios alunos não esperam ter um emprego em um banco. E isso tá mudando, porque as necessidades vão aparecendo e tudo muda.  Se a matemática é um mistério, eu diria que nenhuma sociedade se desenvolveu sem levar em conta as ciências matemáticas. Pra sermos um país em desenvolvimento, teremos que passar pela matemática como uma ferramenta de produção. O desenvolvimento depende disso”, explicou Cuminato. O principal ponto de inovação, segundo ele, é convencer as pessoas da importância disso, o que não é simples. “Muitos pensam que é um xadrez: você pensa, decora e pronto. Ninguém pensa que o celular só funciona porque existem alguns teoremas. A maioria das inter-relações de seguros, empréstimos, só funciona porque existem as ciências matemáticas.” Finalizou deixando a mensagem de que as ciências matemáticas tem que ir além do jogo, tem que apresentar consequências. Sem tecnologia não teríamos luzes acesas, cerveja gelada. A matemática é uma parte integrante de tudo. Não pode ser uma linguagem isolada, que serve pra deixar o pessoal doido e atrapalhar a vida das pessoas”, concluiu o diretor do CeMEAI.

Empresas necessitam da matemática mais do que imaginam

Foi com a ideia de que as empresas necessitam das ciências matemáticas que o biólogo de formação e empresário Euclides Matheucci Jr. continuou a conversa no restaurante. E deu o próprio exemplo pra ilustrar a realidade. “Eu trabalho com uma tecnologia nova, que é genômica. As ideias inovadoras são interdisciplinares e a matemática é isso. Eu sou biólogo formado pela USP de Ribeirão Preto e comecei a minha empresa em 1996 com sequenciamento de DNA. Até a alguns anos eu tirava o sangue, tratava os dados e emitia um laudo. Hoje é impossível fazer isso porque em cada gerenciamento geram-se muitos dados. Preciso de uma matemática robusta pra me ajudar. Isso é muito claro no meu trabalho no dia-a-dia. Fico feliz e orgulhoso de ter uma iniciativa assim do CEPID que traz respaldo ao meu trabalho”.  O empresário disse ainda que tem certeza de que o CEPID-CeMEAI vai trazer um ganho enorme de qualidade às empresas.

Mais parcerias, menos burocracia

Eduardo Brito, agente de inovação e analista administrativo da Agência USP de Inovação falou das palavras “parceria” e “produto”. Disse que a agência de inovação tem como estreitar os laços para que essas parcerias gerem cada vez mais produtos. Explicou que a agência está com a universidade para facilitar a formação dessa parceria, dessa formalização. Falou do lançamento do portal de convênios, que já foi implantado e diminuiu a burocracia entre os pesquisadores e as empresas. “Ganha-se agilidade. A agência quer ser parceira, facilitadora. E vocês podem contar com nosso apoio”, finalizou Brito.

Inovar é ter profissionais preparados para resolver problemas nas empresas

Edson Leite, coordenador de transferência tecnológica do CEPID-CDMF (UFSCar) falou também de sua experiência nos últimos 11 anos no centro. “Às vezes a ciência é bem feita, mas falha-se na inovação. Então tentamos traçar uma estratégia diferente, com o CEPID sendo nucleador de novas tecnologias. Criamos dentro do nosso CEPID um órgão pra gerar empresas e tecnologias. Temos a área física e equipamentos, vamos instalar a planta-piloto para as empresas usarem. A proposta do CEPID-CeMEAI da USP é inovadora. Tem que haver pessoas que se dediquem dentro da empresa pra que a inovação dê certo. Às vezes a conversa é muito difícil, principalmente quando se trata da matemática, Acredito que seja um dos maiores desafios de vocês. Achei interessante o MECAI temático e acredito que este vai ser o caminho: criar recursos humanos para a indústria fornecendo corpo técnico qualificado. Esta é a mensagem que deixo”, concluiu o pesquisador.

Ciências Matemáticas além dos portões da universidade e dos bancos

Emiliano Valério foi aluno da Estatística da UFSCar. E hoje está à frente de uma empresa de consultoria na área. O empresário foi aluno do professor Louzada e trabalhou 12 anos no setor financeiro. “O que percebemos é que as ciências matemáticas no setor financeiro já foram bem exploradas. Estão muito bem inseridas nos bancos, nas seguradoras. Percebo que falta estatística em outros setores, e é uma oportunidade grande delas atenderem estes setores. A questão da inovação não vem muito das empresas. Geralmente nasce e fica dentro da academia. Por isso é fundamental que as indústrias se aproximem da universidade; por outro lado a universidade tem que se voltar ao empreendedorismo, formando profissionais que saibam montar o próprio negócio, que entendam do tema”, ressaltou Valério.

Depois de uma hora e vinte minutos de apresentações e ponderações, as pessoas que estavam presentes também puderam fazer perguntas e tirar as dúvidas sobre o tema. Enquanto isso, universitários ligados a projetos do CEPID-CeMEAI apresentavam nas mesas alguns dos trabalhos desenvolvidos. São iniciativas que já deram resultado, como o software que detecta talentos esportivos, o iSport, implantado em escolinhas de futebol.

Além de universitários e professores do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação e do Departamento de Estatística da UFSCar, também estiveram presentes pessoas que não são da área. Vieram pela curiosidade. Maysa Marinho Ramos é pedagoga, e aproveitou que o marido ia ao evento pra acompanhá-lo. “Acredito que as ciências matemáticas devam sim ultrapassar o universo acadêmico. Como todos eles disseram, a gente precisa muito da Matemática”, comentou ela. Também assistiram ao bate-papo comerciantes da cidade e até uma funcionária do Departamento de Artes de uma Universidade de Salvador, que estava na cidade visitando o filho, estudante da USP.

Antes mesmo do evento terminar, a organização do Pint of Science divulgou que outras cidades se interessaram em replicar essa inciativa. E que o evento já está confirmado para o próximo ano.

Veja como foi a participação do CeMEAI no Pint of Science!

Sobre o Pint of Science

O evento surgiu em 2012 em Londres, quando dois cientistas do Imperial College of London (Michael Motskin e Praveen Paul) organizaram um encontro de pesquisadores. Eles reuniram pessoas portadoras do mal de Parkinson e do Alzheimer, porque pesquisam as doenças e gostariam de compartilhar os estudos com a comunidade. Como o encontro teve repercussão, eles o batizaram de Pint of Science e passaram a realizar anualmente pra aproximar cientistas da população.  

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Texto: Carla Monte Rey - Assessoria CEPID-CeMEAI

Foto: Leonardo Zacarin – Assessoria CEPID-CeMEAI

Mais informações

Assessoria de Comunicação do CeMEAI: (16) 3373-6609

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CEPID-CeMEAI marca presença no Pint of Science

Coordenador de Transferência Tecnológica do Centro comandará mesa sobre inovação e ciências matemáticas

Entre os dias 18 e 20 de maio, a cidade de São Carlos será uma das sedes do Pint of Science, festival internacional de divulgação científica que ocorre simultaneamente no Reino Unido, na Irlanda, na França, na Itália, nos Estados Unidos, na Austrália, na Espanha, na Alemanha e, pela primeira vez, no Brasil.

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) participará do evento, que tem como objetivo divulgar a ciência de um modo mais informal e divertido. A mesa de discussão do CeMEAI terá como tema a inovação em ciências matemáticas.

Ao lado de Francisco Louzada, coordenador de transferência tecnológica do CeMEAI e organizador da mesa, outras cinco autoridades no assunto discutirão como as ciências matemáticas podem ajudar a resolver os problemas das empresas e contribuir para promover a inovação no Brasil e como os desafios enfrentados pelas empresas podem levar as ciências matemáticas a evoluírem.

Os convidados da mesa do CeMEAI são o coordenador de transferência tecnológica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CEPID-CDMF), Edson Leite, o agente de inovação e analista administrativo da Agência USP de Inovação, Eduardo Brito, o diretor da Stepwise, Emiliano Valério, o diretor da DNA Consult Genética e Biotecnologia, Euclides Matheucci Jr, e o diretor do CeMEAI, José Alberto Cuminato.

O público, além de assistir à mesa de conversas, também poderá participar do evento. Os pesquisadores envolvidos responderão a perguntas, abrirão espaço para comentários de quem quiser fazer parte da discussão e mostrarão, com exemplos, como seu trabalho funciona na prática.

A mesa do CeMEAI no Pint of Science será realizada na quarta-feira, dia 20, no restaurante Mosaico, que fica na rua Aquidaban, 1342. O evento tem início previsto para as 20h. Mais informações podem ser encontradas no site: www.pintofscience.com.br.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial. As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. 

As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Avaliação de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Texto: Leonardo Zacarin - Comunicação CeMEAI

 

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Rolf Jeltsch fará palestra no dia 22 de maio no ICMC

O tema é “Modelagem e Simulação de Fluxo Compressível de Plasma em Disjuntor de Alta Corrente”

O professor visitante especial suíço Rolf Jeltsch foi convidado pelos docentes Elias Salomão Helou Neto e Igor Mencattini a dar uma palestra no Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação, o ICMC. O tema é “Modelagem e Simulação de fluxo compressível de plasma em disjuntor de alta corrente”. Rolf está no país desde abril pelo Programa Ciências sem Fronteiras e fica até junho no Brasil.  

O pesquisador é PhD em Matemática pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique. Ele sempre esteve envolvido com instituições da área. Fez parte de várias delas e em todas ocupou vários cargos, incluindo o de presidente: Sociedade Europeia de Matemática (EMS), Conselho Internacional de Matemática Aplicada e Industrial (ICIAM), Associação Internacional de Matemática e Mecânica Aplicadas (GAMM) e Sociedade Suíça de Matemática (SMS).

A palestra de Rolf Jeltsch será no dia 22 de maio, a partir das 14h no bloco 4, no auditório “Professor Luiz Antonio Favaro”.

Seguem o título do assunto a ser abordado por ele e o resumo (ambos em inglês):

Title:

Modelling and Simulation of Compressible Plasma Flow in a High Current Circuit Breaker

Abstract:

The main function of a circuit breaker is to switch off the electric current safely, in case of fault current. A mechanical force separates the contacts, and an arc starts to burn between the two contacts. This plasma is described by the resistive Magnetohydrodynamics (MHD) equations. The emphasis is on very high currents (10kA-200kA) and relatively high conductivity. Radiation is incorporated by adding a Stefan's radiation. To simulate the plasma in the arc the Nektar code developed by Brown University is adapted and extended. It is based on the Discontinuous Galerkin(DG) methods allowing for triangular or quadrilateral meshes in 2d and hexagonal or tetrahedral meshes in 3d.

GID is used for mesh generation. The code is extended to include Runge-Kutta time stepping, various accurate Riemann solvers for MHD, slope limiters and SF 6 gas data. It operates on both serial and parallel computers with arbitrary number of processors.The suitability of this Runge-Kutta Discontinuous Galerkin (RKDG) methods is analysed. In particular different numerical fluxes, different Riemann solvers and limiters, low and high order approximations on smooth and non-smooth solutions are investigated. Numerical results are given. This work has been performed by Patrick Huguenot and Harish Kumar in their Ph.D. thesis and by Vincent Wheatley.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial. As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. 

As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Avaliação de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Texto: Carla Monte Rey - Assessoria CEPID-CeMEAI

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Matemática fora do campus: evento em São Carlos quer popularizar a Ciência

O município é o primeiro da América Latina a fazer parte do Pint of Science Festival

Discutir pesquisas matemáticas na mesa de um bar ou restaurante! Se pra você isso parece estranho, não o é para os países que já fazem parte do Pint of Science Festival 2015. E o Brasil vai entrar nessa novidade. Pela primeira vez participa do Pint of Science. O evento vai ocorrer nos dias 18, 19 e 20 de maio em São Carlos. Vários pesquisadores incluindo os que têm projetos no Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) vão bater um papo sobre ciências com a comunidade. No Brasil, o Pint of Science Festival é promovido pelo ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP de São Carlos).

 

Temas:

Serão 6 mesas de discussão, duas a cada noite, em dois pontos da cidade, simultaneamente. Os temas são:

- A Tecnologia na educação e a educação para a tecnologia

- O conhecimento livre e a oportunidade de compartilhar boas ideias

- A diversão matemática e algumas brincadeiras para calcular

- A inclusão social pela matemática e a economia solidária

- A Inovação em ciências matemáticas e as ciências matemáticas para a inovação

- A era da Robótica e seus impactos na sociedade

 

A mesa do CEPID-CeMEAI

O professor e pesquisador Francisco Louzada, do CEPID-CeMEAI, coordena a mesa de discussão que tem como tema a inovação em ciências matemáticas. Cada coordenador - que é um professor do ICMC - tem direito a convidar outros pesquisadores para a discussão. E como haverá público leigo, a ideia é não seguir o padrão tradicional das palestras e seminários acadêmicos.

“O festival tem a oportunidade de estar levando até os bares e à comunidade temas diversos relativos à Ciência. No nosso caso específico vamos levar a discussão sobre inovação em Ciências Matemáticas, que envolve estatística, matemática aplicada e computação aplicadas à problemas industriais. A ideia é mostrar o podemos fazer pra melhorar as empresas brasileiras, as instituições, as pesquisas em desenvolvimento, com um arcabouço matemático ligado a uma equipe de excelência”, conclui Louzada.  

Outros países têm participado do Pint of Science Festival: Inglaterra, Irlanda, França, Itália, Estados Unidos, Austrália, Espanha e Alemanha.

 

Onde serão as mesas de discussão

Os dois locais em São Carlos para as mesas de discussão serão o Mosaico Restaurante e o Café da Sete. O endereço do Mosaico é Rua Aquidaban, 1342, no centro. Já o Café da Sete fica na rua Sete de Setembro, 1440, também no centro.

Mas as vagas são limitadas. Para ter mais detalhes, acesse o site do evento: http://posbrazil.wix.com/posbrazil

 

Mais sobre o projeto Pint of Science Festival

O evento surgiu em 2012 em Londres, quando dois cientistas do Imperial College of London (Michael Motskin e Praveen Paul) organizaram um encontro de pesquisadores. Eles reuniram pessoas portadoras do mal de Parkinson e do Alzheimer, porque pesquisam as doenças e gostariam de compartilhar os estudos com a comunidade. Como o encontro teve repercussão, eles o batizaram de Pint of Science e passaram a realizar anualmente pra aproximar cientistas da população.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial. As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. 

As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Avaliação de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Texto: Carla Monte Rey 

Vídeo: Leonardo Zacarin

Assessoria CEPID-CeMEAI

Mais informações

Assessoria de Comunicação do CeMEAI: (16) 3373-6609

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CEPID-CeMEAI realiza 1° Simpósio Regional de Matemática Industrial

Evento foi feito em São José do Rio Preto e reuniu pesquisadores de cinco instituições 

Cerca de 40 pesquisadores participaram em São José do Rio Preto, no noroeste de São Paulo, do 1° Simpósio Regional de Matemática Industrial. O Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp (IBILCE) sediou o evento, que durou dois dias e foi promovido pelo Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI). Foram 14 horas de palestras e discussões com representantes de cinco instituições: USP (unidades da capital e de São Carlos), Unicamp, Unesp, UFSCar e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

Segundo o diretor do CEPID-CeMEAI, José Alberto Cuminato, que apresentou a primeira palestra do evento, o objetivo do Simpósio foi “aproximar as equipes antes de aproximar a indústria. A gente acredita que, ao aproximar o próprio pessoal, nós possamos começar o que chamamos de interdisciplinaridade: pessoas conversarem entre si, levando a uma maior interação. Primeiramente entre os difusores internos do CEPID-CeMEAI, e depois entre os outros CEPIDs.” Cuminato falou da importância de desenvolver pesquisas aplicadas ao setor industrial e também do último ano do CeMEAI. “Foi positivo. Estamos tendo sucesso no cumprimento das metas. Também temos alguns movimentos provocados pelo CEPID-CeMEAI, como a onda de criação de alguns cursos de graduação que envolvem a matemática aplicada”, aponta Cuminato.

Geraldo Nunes da Silva, docente do IBILCE, foi o segundo palestrante, e discorreu sobre as atividades em andamento na Unesp de São José do Rio Preto. Geraldo explicou projetos desenvolvidos junto à indústria moveleira, que é forte na região noroeste do Estado, e ressaltou a contribuição do CEPID-CeMEAI para o setor. Silva destacou um projeto em especial, feito com a Embrapa na questão das plantas daninhas na produção de soja. “Precisávamos saber se havia um jeito de controlar as plantas ao longo do tempo, minimizando os custos do produtor, por um período de cinco, dez anos. A gente estudou a dinâmica do Banco de Sementes e a resistência aos herbicidas. Passamos a estudar a otimização intervalar e através da álgebra dos intervalos, conseguimos tratar o problema do início ao fim”, frisa Geraldo.  

Transferência de Tecnologia

A inovação, a transferência tecnológica e a difusão foram os temas da palestra ministrada pelo pesquisador Francisco Louzada, da USP de São Carlos, que citou parte dos 50 projetos desenvolvidos no CEPID-CEMEAI. Ele é o atual Coordenador de Transferência de Tecnologia e comentou a estrutura holística do Centro, onde os docentes atuam em quatro áreas: Otimização e Pesquisa Operacional, Mecânica dos Fluidos Computacional, Modelagem de Risco e Inteligência Computacional. “Temos um problema industrial. Transformamos isso com análise e desenvolvimento. Fazemos um treinamento das pessoas e finalizamos com a transferência de tecnologia assistida. Temos projetos em finanças, esporte, educação, aeronáutica, indústria de transformação, todos ligados aos diferentes grupos do CEPID. Alguns exemplos são planejamento de produção de cerveja, reconstrução tomográfica, aprimoramento da eficiência de padrões de cortes na indústria moveleira, planejamento em produção em fundições de pequeno porte e otimização de tarefas”, observa Louzada.

O software que detecta talentos esportivos

Louzada apresentou ainda alguns dos projetos que coordena. Um deles é o iSports: detectando talentos em futebol. O software consegue prever o desenvolvimento de alguns atributos físicos e técnicos de atletas e avaliar a probabilidade deles se tornarem craques.

A pesquisa e o setor automotivo

O pesquisador Gustavo Buscaglia, da USP de São Carlos, apresentou um projeto desenvolvido para a indústria automotiva. “A maioria das máquinas que usamos na sociedade tem partes móveis, que têm que se relacionar com as partes fixas. Para abrir uma porta, existe uma dobradiça que permite que você mexa a porta. Então sempre há uma parte lubrificada para fazer o movimento com o mínimo atrito. Isso vale pra turbinas hidráulicas e turbinas de aviões. Se você reduz o atrito, você reduz as perdas. Em um carro, 11% do combustível vai embora por causa das perdas por atrito desse contato lubrificado. E se você consegue modelar matematicamente isso, tentando reduzir essa fricção, o ganho econômico para a sociedade é enorme. E o setor automobilístico está atrás disso com o enfoque matemático faz 120, 130 anos”, afirma Buscaglia. 

A matemática e a saúde

Um projeto que pode ajudar várias áreas, como a oceanografia, a geociência e a medicina está em andamento no CEPID-CeMEAI e tem a ver com a otimização das tomografias, as imagens do interior dos objetos. Ele foi apresentado no Simpósio pelo pesquisador Elias Salomão Helou Neto. “Uma das áreas que talvez se beneficie mais é a de pesquisa biológica, onde você tem amostras sensíveis que não podem ficar expostas aos raios X por tempo suficiente pra que você colete dados onde as técnicas tradicionais em tomografia vão funcionar bem. Então você precisa tirar radiografias em poucos ângulos, e isso significa que uma técnica matemática de reconstrução vai falhar. A gente pesquisa técnicas alternativas que vão gerar imagens melhores. São técnicas que levam muito tempo de computação, onde o número de cálculos que precisam ser executados para que essas técnicas funcionem é muito grande. A gente tenta reduzir esse custo computacional para que as técnicas iteradas – tanto que já existem quanto as que estamos criando – se tornem acessíveis para o pesquisador, que não é pesquisador em tomografia, mas que precisa usar as imagens tomográficas”, explica Elias.

Outro projeto que tem a ver com a saúde foi apresentado no Simpósio pelo professor Marcelo Lauretto, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP), desenvolvido em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP). Foi feita uma parceria com Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e o público-alvo eram pacientes que têm TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. “Os pacientes chegam ao hospital numa ordem de entrada e o médico precisa triar, decidir rapidamente pra qual grupo de tratamento o paciente vai. A ideia foi usar um modelo matemático pra permitir isso. Você pode dividir os pacientes por faixa etária, sexo etc. O grande problema é que isso é suscetível a manipulações. Uma forma encontrada de proibir a manipulação – matematicamente falando – é introduzir um componente casual nos cálculos para diminuir a previsibilidade de alocação dos pacientes. É um método determinístico que inclui esse procedimento aleatório. É isso que desenvolvemos”, esclarece Lauretto.

Os cálculos e as nossas dúvidas

O professor José Mário Martínez, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC-Unicamp), encerrou o primeiro dia do Simpósio com um tema curioso: o que sabemos e o que não sabemos. Ele escolheu o assunto pra deixar claro que ninguém domina todas as áreas do conhecimento, e que muitas vezes o sucesso de uma pesquisa está na interação entre pesquisadores de diversas especialidades. Martínez usou o exemplo de um projeto desenvolvido por ele em aviários, em parceria com uma empresa de consultoria do setor alimentício. O objetivo é otimizar a produção de frangos, melhorando as condições ambientais nas quais as aves se desenvolvem. “O Brasil é responsável por 40% das exportações de carne de frango no mundo. E nós temos que otimizar os aviários, mantendo um estado ideal do ambiente, controlando por exemplo a temperatura”, aponta Martínez. Até onde o conhecimento do grupo permite, a pesquisa avançou. A ideia é desenvolver um aparelho pra ser instalado nas granjas que contenha os cálculos feitos por eles. Mas isso é uma outra história, que precisa de mais parcerias pra ser finalizada! E é aí que Martínez resume o tema da palestra: “Através das perguntas que me fizeram aqui, apareceram várias coisas que eu não sabia e que não estavam entre as coisas que eu não sabia que eu não sabia!”, brinca o professor.

Matemática no Espaço

No segundo dia do Simpósio, foram ministradas cinco palestras, e três delas trataram de pesquisas desenvolvidas no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em São José dos Campos (SP).

Simulando Turbulências em Aeronaves

O pesquisador João Luiz Azevedo foi o primeiro a falar com os participantes. O projeto apresentado – feito em parceria com a Embraer e com participação de pesquisadores da Unicamp – mostrou simulações de turbulência em aeronaves de voos comerciais. “Em uma aeronave comercial em voo de cruzeiro, o arrasto é o que você paga pra voar. Se diminuirmos o arrasto, diminuímos o gasto de combustível. Nossa meta é simular numericamente os escoamentos, para as aplicações onde isso for necessário”, explica Azevedo.

Escoamento Aerodinâmico em Jatos Supersônicos

Em seguida, quem se apresentou foi Sami Yamouni, pós-doutorando do IAE. O bolsista falou sobre o escoamento aerodinâmico voltado aos jatos supersônicos, como os foguetes, e sobre como tentar minimizar o ruído gerado, já que ele incomoda quem tem contato direto com as aeronaves e pode ainda danificar as estruturas de lançamento das mesmas. “O interesse desse estudo de simulação é tentar representar o jato da melhor maneira possível e tentar prever o ruído gerado por esse escoamento. Para isso, a gente precisa conhecer com muita precisão o escoamento aerodinâmico”, relata Yamouni.

Proteção Térmica na Reentrada Atmosférica

Outro projeto que o público conheceu foi o pós-doutorando Rodrigo Palharini, também do IAE. Ele falou sobre a segurança na reentrada atmosférica das aeronaves. “O que a gente tem feito hoje é aplicado à cápsula SARA (Satélite Recuperável Atmosférico), que é uma cápsula para experimentos em microgravidade. Essa cápsula vai ser enviada ao espaço, ficar em órbita por 10 ou 15 dias e há experimentos dentro dessa cápsula. Por isso, ao retornar, nós temos todo um sistema de proteção térmica para que a cápsula sobreviva a essa reentrada. Novos materiais precisam ser desenvolvidos e as simulações são de fundamental importância pra que esses dados sejam disponibilizados e para que engenheiros desenvolvam novos materiais para essa reentrada atmosférica, deixando as aeronaves mais leves e mais resistentes”, salienta Palharini.

Resumir dados usando números: uma das aplicações da sumarização

Temos hoje em dia uma facilidade enorme de acesso às informações. E elas são muitas. Para processá-las, precisamos de uma estrutura. É isso o que desenvolve o grupo coordenado pelo pesquisador do CEPID-CeMEAI Luís Gustavo Nonato, que desenvolve ferramentas para construir perguntas que gostaríamos de fazer e ver respondidas quando estamos diante de uma grande quantidade de dados. Na palestra em São José do Rio Preto, ele falou sobre a sumarização matemática usada pra facilitar a vida das pessoas. “Tomando como exemplo o Portal da Transparência, nós temos diariamente as transações do Governo Federal para cada entidade. Mas eu quero saber quais são os principais tipos de transações realizadas num determinado dia? Outro questionamento: quais foram os estados brasileiros que mais receberam Bolsa-Família em um determinado período? Isso é a sumarização. É como se você tivesse um monte de matérias pra estudar. Você faz um resumo, estuda todas e aí vai se aprofundando, né?” compara Nonato.

Estatística para reconhecer tipos de clientes e até solucionar crimes

Matemática e estatística estão no nosso dia-a-dia, mesmo sem nos darmos conta disso. Alguns exemplos já foram citados anteriormente nas palestras, e também foram explicados pelo professor Ronaldo Dias, do IMECC-Unicamp. Ele falou sobre dois projetos desenvolvidos, que visam otimizar dados para as empresas. “A demanda de energia elétrica foi uma das aplicações. A informação que vem dos transformadores é agregada e inclui os diferentes tipos de consumidores: os residenciais, os industriais e os comerciais. Por meio de estatística, nós criamos condições de desagregar essas informações para que a concessionária de energia daquela região saiba qual é a demanda média de energia para cada tipo de consumidor”, constata o professor. Dias também explica que os pesquisadores já ajudaram a Polícia Federal a prender pessoas por crimes como a adulteração de gasolina, usando a quimiometria (aplicação de métodos estatísticos ou matemáticos em dados de origem química). “As amostras químicas são medidas por infravermelho e a gente precisa saber o que tem dentro das amostras. Uma aplicação imediata é a falsificação de gasolina. Se você tem todos os componentes desagregados da amostra química da verdadeira gasolina pura para os padrões brasileiros, você pode comparar com a falsificada porque vão aparecer componentes estranhos e isso é detectado por esse procedimento. Nós ajudamos a dar ao juiz o grau de certeza sobre o tipo de falsificação. Mesmo que ela seja muito bem trabalhada, o nível de certeza vai ser tão alto que o juiz pode dar encaminhamento a um processo”, finaliza.

Projetos em parceria com a Petrobrás

Durante o Simpósio, também foram apresentados dois projetos do CEPID-CeMEAI em parceria com a Petrobrás.

Otimizando a frota de navios em plataformas offshores

A Modelagem e os Métodos de Otimização na Indústria de Petróleo foi o tema do trabalho apresentado pela aluna de doutorado Maria Gabriela Furtado, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O grupo de Maria Gabriela desenvolveu técnicas para facilitar a distribuição e o carregamento dos navios nas plataformas marítimas da empresa. “Tem um conjunto de plataformas em que os navios precisam coletar o produto e entregar nos terminais, e a gente precisa minimizar os custos relacionados a essa operação. Nós desenvolvemos um modelo que auxilia na tomada de decisões da empresa”, conta a doutoranda.

Desenvolvimentos Computacionais Aplicados a Processos de Refinos

Outro trabalho que também tem a Petrobrás como parceira é o coordenado pelo professor Antonio Castelo Filho, que estuda a simulação de escoamentos internos e multifásicos para o refino de petróleo. Castelo foi o último palestrante do Simpósio de Matemática Industrial e explicou que os trabalhos já duram três anos e podem facilitar bastante a otimização na empresa. “Digamos que eu tenha um óleo dentro da câmera de refino. Com o aquecimento, com a combustão, o que acontece? Novos produtos serão formados. E aí, cada produto vai me dar uma fase diferente dentro dessa simulação: gás de cozinha, gasolina, querosene etc.”, afirma Castelo.

Ao final do evento, o grupo já decidiu fazer um segundo Simpósio de Matemática Industrial. A data exata ainda vai ser determinada, mas já é certo que o evento será realizado por volta de março ou abril de 2016, na USP em São Carlos.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial. As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. 

As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Avaliação de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Texto: Carla Monte Rey - Assessoria CEPID-CeMEAI

Leonardo Zacarin – Assessoria CEPID-CeMEAI

Vídeos: Leonardo Zacarin – Assessoria CEPID-CeMEAI

Foto cedida: Gustavo Buscaglia

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Assessoria de Comunicação do CeMEAI: (16) 3373-6609

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Workshop do CeMEAI reúne pesquisadores da área de avaliação de risco

II WAR ofereceu dois minicursos e nove conferências

 

Na última semana, o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) realizou o II Workshop on Assessment of Risk (WAR) no campus 1 da USP em São Carlos. O evento contou com mais de dez apresentações de pesquisadores do Brasil e do exterior.

O workshop, que se estendeu da manhã de quinta (12) ao final da tarde de sexta (13), ofereceu dois minicursos ministrados por N. Balakrishnan, professor da McMaster University, do Canadá. Balakrishnan apresentou vários resultados importantes de pesquisas na área de confiabilidade industrial, incluindo testes acelerados e de degradação.

Além de Balakrishnan, oito pesquisadores apresentaram trabalhos na área de avaliação de risco durante os dois dias do evento. As conferências e os minicursos foram apresentados no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

Em continuidade ao workshop, no sábado (14) foram agendadas reuniões entre Balakrishnan e pesquisadores e alunos do Grupo de Modelagem de Risco do CeMEAI, com o intuito de estreitar relações de desenvolvimento de pesquisas conjuntas entre pesquisadores da USP e da McMaster University.

O próximo workshop do CeMEAI será realizado em conjunto com o DEQ/UFSCar no próximo dia 25 de março, também no ICMC. Mais informações podem ser encontradas na página do evento.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial. As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais.

As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Avaliação de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Leonardo Zacarin - Assessoria CEPID-CeMEAI

Mais informações

Fone: 55 (16) 3373-6609

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CeMEAI organiza workshop na área de avaliação de risco

Evento será realizado nos dias 12 e 13 de março no ICMC, na USP em São Carlos; inscrições são gratuitas

N. Balakrishnan

 N. Balakrishnan é um dos palestrantes do evento

 

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) promoverá, nos próximos dias 12 e 13 de março, o II Workshop on Assessment of Risk (WAR) no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O evento contará com a participação de pesquisadores do Brasil e do exterior e de alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

O Workshop tem como objetivo reunir pesquisadores com interesse em modelagem de risco para discutir e difundir novas ideias e técnicas estatísticas junto a essa área de atuação, bem como apresentar alguns resultados já obtidos junto ao Grupo de Modelagem de Risco (Risk Assessment Group) do CeMEAI.

O principal convidado do evento é o professor indiano Narayanaswamy Balakrishnan, daMcMaster University, do Canadá. O docente, que já foi presidente da Associação Internacional de Estatística da Índia e lecionou em mais de 10 países, vem ao Brasil apresentar o minicurso Topics of Reliabilities, no qual vai expor diversos tópicos de confiabilidade no ambiente industrial.

Além de Balakrishnan, o Workshop ainda conta com a participação de pesquisadores do ICMC, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e do Departamento de Estatística (DEs) da UFSCar. O evento tem 40 vagas disponíveis para o público. A programação completa e o link para as inscrições, que são gratuitas, estão disponíveis no site do evento.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O Centro é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do CeMEAI são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. Os pesquisadores do Centro desenvolvem pesquisas nas áreas de otimização aplicada e pesquisa operacional, mecânica de fluidos computacional, avaliação de risco, inteligência computacional e engenharia de software.

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras cinco instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFSCar (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da UNICAMP (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da UNESP (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da USP (IME-USP).

Leonardo Zacarin – Assessoria CEPID-CeMEAI

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