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Uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP) promete ajudar os municípios a gerenciar melhor a destinação do lixo. O software fornece uma série de dados, como horários de descarte e tipos de materiais mais comuns em cada bairro, está sendo testado em Matão e já despertou o interesse de outras prefeituras.
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Pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP, em parceria com a Reenvolta – cooperativa de trabalho de profissionais na área socioambiental –, desenvolveram um sistema para a gestão de resíduos sólidos testado com sucesso pela prefeitura de Matão, em São Paulo.
Sistema de gestão de resíduos tem resultados positivos em projeto piloto
Cidade de Matão, no interior de São Paulo, foi a primeira a testar o programa
Uma parceria entre o CEPID - CeMEAI, a Reenvolta Socioambiental e a prefeitura da cidade de Matão colocou em funcionamento um sistema que trouxe resultados interessantes para o meio-ambiente: o SISGERES, Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos. Entenda: https://goo.gl/PS9JOC
Publicado por CEPID - CeMEAI em Quarta, 1 de fevereiro de 2017
Uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), a cooperativa Reenvolta e a prefeitura de Matão trouxe resultados muito interessantes para o meio-ambiente. E o trabalho está apenas começando.
Sob a tutela do professor Francisco Louzada Neto, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos e coordenador de transferência tecnológica do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI), pesquisadores desenvolveram um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos que pode ajudar – e muito – no controle que os municípios têm sobre os materiais que são descartados.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em 2015, o estado de São Paulo gerou mais de 62 mil toneladas de resíduos sólidos por dia – uma média de 1,4 kg por habitante todos os dias. Ainda segundo o levantamento, o Brasil descarta quase 200 mil toneladas de material por dia.
“A gestão de resíduos precisa da tecnologia da informática, da computação. A variedade e a quantidade de resíduos são enormes, e, para tratarmos volumes enormes de informações qualitativas e quantitativas, nos servimos dessas áreas, e a USP é um centro de excelência fabuloso”, pontua Paulo Mancini, coordenador administrativo da Reenvolta. A cooperativa reúne profissionais da área socioambiental e serviu como ponte entre os pesquisadores da USP e a prefeitura de Matão.
O sistema recebeu o nome de SISGERES – sigla para Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos. O funcionamento é bem simples. A cada despejo de resíduo, o usuário registra no programa a data do descarte, a quantidade e o tipo de material descartado e a origem e o destino dos resíduos. A partir disso, o SISGERES gera tabelas e gráficos que facilitam o entendimento do processo de descarte no prazo de tempo que o usuário quiser.
“Aqui em Matão, em todo fim de mês, nós analisamos a quantidade e os tipos de resíduos gerados. Esse convênio teve início em março de 2016 e, mesmo sendo recente, já nos permite observar que, em alguns meses, temos uma produção maior de resíduos e quais são os tipos mais recorrentes. Nosso objetivo, com esses dados, é determinar os melhores momentos para a criação de campanhas de redução, de reutilização e de reciclagem. Com isso, é possível diminuir a quantidade de resíduos que vai para o aterro sanitário e, consequentemente, aumentar a vida útil desse aterro”, explica Michela Adriane Alves, ex-diretora da Divisão de Coleta de Lixo do Departamento de Meio-Ambiente de Matão.
A ex-diretora do Departamento, Maria Bellintani, também comemora a utilização do sistema. “Nós ficamos muito contentes com a escolha do nosso município para o desenvolvimento do projeto piloto. Nós sabemos da importância desse mecanismo, de uma forma geral, para todos os municípios, porque a problemática dos resíduos é bastante grande”, comenta.
Ajudando a cumprir metas
Em 2010, com a aprovação da Lei 12.305/10, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada para permitir o avanço do Brasil em relação a problemas ambientais, sociais e econômicos que são consequência do tratamento inadequado de resíduos sólidos.
Nesse contexto, o SISGERES pode ser ainda mais importante. Como o sistema é customizável e de fácil aplicação, pode ser utilizado por qualquer cidade, estado ou até país. E os pesquisadores estão abertos a novas parcerias. “Nós temos todo o interesse em disponibilizar o sistema para outras cidades. Fizemos na cidade de Matão como piloto e verificamos que, de fato, dá certo. Estamos dispostos a disponibilizar para outras cidades utilizarem o sistema”, frisa o professor Louzada.
“Nós vivemos em uma sociedade de enorme desperdício, mas o planeta já não aguenta mais. Nossa esperança é que o SISGERES seja útil para a sociedade e se transforme em um produto que a gente possa colocar nos mais diferentes empreendimentos possíveis, sejam eles empresas privadas, públicas, governos estaduais ou municipais”, reforça Mancini.
Sobre o CeMEAI
O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.
O CeMEAI é estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como um recurso industrial em quatro áreas básicas: Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.
Além do ICMC-USP, CCET-UFSCar, IMECC-UNICAMP, IBILCE-UNESP, FCT-UNESP, IAE e IME-USP compõem o CeMEAI como instituições associadas.
Leonardo Zacarin - Comunicação CeMEAI
Mais informações
Assessoria de Comunicação do CeMEAI: (16) 3373-6609
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
CeMEAI e Reenvolta fecham parceria com a Prefeitura de Matão
Cidade utilizará novo sistema de gerenciamento de resíduos sólidos
Na última segunda-feira (28), representantes do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) e da cooperativa Reenvolta se encontraram com o prefeito da cidade de Matão, Chico Dumont, para assinar uma parceria entre as instituições. A reunião foi realizada na sala de reuniões do gabinete da prefeitura.
O CeMEAI desenvolveu um sistema online que permite gerenciar resíduos sólidos de qualquer município. Com a ajuda da Reenvolta, o projeto piloto do programa será feito na cidade de Matão. “Por ora, o sistema tem a capacidade de processar quais são os tipos de resíduos, de onde eles estão vindo e para onde eles estão indo. A gente consegue descrever o que está acontecendo com eles”, conta Francisco Louzada Neto, coordenador de transferência de tecnologia do CeMEAI e professor da USP em São Carlos.
Segundo o coordenador administrativo da Reenvolta, Paulo José Penalva Mancini, a parceria é importante pelo pioneirismo. “A nossa ideia é utilizar mais e melhor a tecnologia da informação para uma área que é relativamente nova no Brasil. A pesquisa sobre resíduos sólidos começou na década de 90 e ainda há muito o que se fazer, porque isso envolve questões de hábito, cultura, economia, tributos e fiscais”, argumenta Mancini.
O prefeito de Matão, Chico Dumont, também comemora a união em prol do meio ambiente. “A gente percebe as dificuldades que os municípios têm em relação aos resíduos sólidos e, para nós, vai ser muito importante. Vamos dar um passo grande para que a gente possa melhorar ainda mais o meio ambiente e a qualidade de vida da nossa população com essas informações que serão gerenciadas pelo sistema”, complementa.
A parceria entre o CeMEAI e a Reenvolta foi firmada em setembro do ano passado e tem duração de um ano, com possibilidade de renovação.
Sobre o CeMEAI
O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.
O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como um recurso industrial em quatro áreas básicas: Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.
Além do ICMC-USP, CCET-UFSCar, IMECC-UNICAMP, IBILCE-UNESP, FCT-UNESP, IAE e IME-USP compõem o CeMEAI como instituições associadas.
Leonardo Zacarin – Comunicação CeMEAI
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