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Comunicação CeMEAI

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A matemática que soluciona problemas da indústria de cosméticos

Pesquisadora do CeMEAI orientou projeto na área

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O tema surgiu por acaso. O projeto, intitulado “Revisão da Malha Logística em uma empresa se Cosméticos”, foi desenvolvido pelo Engenheiro de Produção Eduardo Maroco Neto, recém-formado pela POLI/USP, junto à pesquisadora do CeMEAI Débora Ronconi.

Eduardo fazia um estágio na área de marketing em uma grande empresa do ramo e aproveitou para conversar com funcionários e ver possíveis abordagens para o estudo. A ideia inicial era fazer algo na área de operações dentro da fábrica.  Porém, na logística, depois de ter acesso a dados e analisar resultados, percebeu que a indústria tinha um problema na entrega dos produtos. A demora acabava suprimindo um potencial de crescimento de receita.

Autorizado pela empresa - desde que mantivesse a maior parte dos dados em sigilo – Eduardo passou a pesquisar soluções. “Usei técnicas de pesquisa operacional para decidir entre avançar ou não o estoque de algumas lojas que eles tinham, para fazer com que o produto estivesse mais próximo dos consumidores e para ver se, com isso, a receita aumentava”, explica Eduardo. A empresa tem 24 lojas em vários estados brasileiros. Junto a Débora, o aluno construiu um modelo matemático que levou em conta duas restrições: a demanda de cada estado e a capacidade das lojas de receber o aumento de estoque.  “Com o resultado que a gente obteve, valia a pena avançar o estoque em 14 das 24 lojas. Isso geraria um aumento de caixa de 7% para a empresa. O novo modelo também mostrou que a entrega era feita em apenas 8,9% do volume total da empresa. Então, era possível de ser expandido em até 11 vezes e a empresa ainda seria capaz de suportar”, complementa Eduardo.

Foi feito um projeto-piloto pra saber se a redução do tempo de entrega alterava a receita da fábrica de cosméticos. Foi concluído que era possível diminuir em até seis dias o prazo para o recebimento do produto, aumentando em cerca de 38% a receita. Mas, para ter esse lucro adicional, investimentos seriam necessários. O estudo avançou para a contabilidade. Eram 14 lojas e o investimento deveria ser da ordem de 12 milhões de reais. “Só que a empresa me disse que só tinha três milhões de reais por semestre. Uma análise de payback tornou possível saber em quais lojas o investimento deveria ser feito primeiramente, não excedendo o valor semestral estipulado. Foram selecionadas as unidades que tinham tempo de retorno menor", conta.

Para as lojas que receberiam avanço de estoque, a pesquisa também analisou a viabilidade de fazer um segundo pavimento no prédio ou comprar um terreno vizinho a ele. E o quanto valia a pena gastar em um investimento vertical ou na aquisição do terreno, com pagamento de três a cinco anos para cada uma das 14 lojas.  

Eduardo ressalta que o trabalho ficou até melhor do que o esperado e que foram seis meses intensivos de relacionamento direto com a empresa. Ele não imaginava chegar a um nível tão detalhado de soluções. O modelo de estoque desenvolvido pode ser aplicado em outras fábricas de outros setores. Ele acredita que a metodologia empregada para a resolução do problema ficará como um legado para a empresa, que nunca tinha utilizado essa abordagem nas decisões estratégicas.  “Uma coisa que eu acredito que tenha ficado de legado para a empresa foi uma mudança de visão, porque eles não levavam em consideração a otimização do modelo para a análise de sensibilidade. Eles usavam variações de cenários e viam qual era o melhor. Isso, a partir de agora, está fora de cogitação”, conclui o recém-formado.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras seis instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Assessoria CEPID-CeMEAI

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Software livre traz novidades nas simulações de dinâmica molecular

Packmol foi desenvolvido por pesquisadores do CeMEAI

 

Um programa desenvolvido por pesquisadores do CEPID - CeMEAI e do eScience trouxe novidades na área de simulações de dinâmica molecular. Entenda como o Packmol funciona: http://goo.gl/ItVxL0

Publicado por CEPID - CeMEAI em Quarta, 9 de dezembro de 2015

Um programa de computador desenvolvido por pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) e do Centro de Pesquisa em Engenharia e Ciências Computacionais (CCES) criou novas perspectivas para a área das simulações de dinâmica molecular. Desde 2005, o Packmol facilita a vida de quem precisa simular o comportamento de moléculas em ambientes complexos.

“As simulações servem para entender como as moléculas funcionam, com resolução atômica. É como se déssemos um zoom em qualquer objeto: vemos todas essas moléculas, átomo por átomo, e entendemos quais são suas propriedades”, conta o professor Leandro Martínez, do Instituto de Química da Unicamp.

Leandro desenvolveu o Packmol ao lado de seu pai, José Mario Martínez, que é professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC), também da Unicamp, e de Ernesto Birgin, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP em São Paulo. José Mario e Ernesto, que são pesquisadores do CeMEAI, foram responsáveis pelos métodos matemáticos do programa, cuja grande inovação é a facilidade de dispor as moléculas para dar início a simulações de sistemas complicados.

“Estamos acostumados a ouvir que é possível prever a trajetória de planetas ao longo do tempo se soubermos a posição inicial dos planetas e como eles interagem entre si. O que a gente faz numa simulação de dinâmica molecular é exatamente a mesma coisa. Precisamos saber as posições iniciais das moléculas e como elas se comportam, e o Packmol cria a posição espacial de todos os átomos no espaço”, esclarece Leandro.

“Basicamente, para isso, resolvemos problemas de empacotamento. Antes do Packmol, o início das simulações de dinâmica molecular era feito manualmente. O pesquisador ficava na frente do computador colocando as moléculas e tentando satisfazer uma série de restrições. O Packmol automatizou essa tarefa”, resume Ernesto.

Para desenvolver os modelos matemáticos, Leandro, José Mario e Ernesto encararam o problema físico-químico, que envolve as moléculas, como um problema de empacotamento. Empacotar é um problema de otimização, a área de especialidade de José Mario e Ernesto na matemática.

“Você empacota quando faz as malas para uma viagem, porque você coloca objetos dentro da mala de uma maneira que eles caibam. Se você empacota mal, os objetos não cabem”, explica José Mario.

O programa é resultado da integração entre as áreas da matemática, representada por José Mario e Ernesto, e da físico-química, na qual trabalha Leandro, que também é pesquisador do CCES. “Essas colaborações que a gente tem com a matemática são importantes, porque correlacionam o nosso trabalho, que é de bioquímica computacional, com a parte de otimização, de matemática, que está relacionada ao CeMEAI”, relata Leandro.

Os artigos científicos referentes ao Packmol têm recebido muitas citações. O primeiro deles, de 2003, tem em torno de 150. O mais divulgado, de 2009, foi citado cerca de 500 vezes. 

O Packmol é distribuído na forma de software livre e, nos dez anos de existência, já foi baixado cerca de 14 mil vezes por pesquisadores de mais de 100 países. O download é grátis e pode ser feito no site do programa.

 

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O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.

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Mestrado Profissional do CeMEAI tem novo coordenador

Professor Luis Gustavo Nonato fica na função até 2017

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Desde o último dia 23 de novembro, o professor Luis Gustavo Nonato, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, é o novo coordenador do Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (MECAI), programa ligado ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI). Após eleição realizada pela comissão coordenadora do programa, Nonato foi o escolhido para suceder o professor Antonio Castelo Filho.

O MECAI é o primeiro mestrado profissional do país que aborda, de forma abrangente, áreas específicas da matemática, estatística e computação aplicadas à indústria. O objetivo é melhorar a formação dos profissionais e atender à demanda da indústria para proporcionar um avanço em geração de produtos ou aplicação de métodos inovadores, para que as empresas se tornem mais competitivas nacional e internacionalmente. “Nós queremos identificar, no mercado, quais são as carências de profissionais, para que a gente dê o treinamento adequado”, declara o professor Nonato.

Atualmente, o MECAI conta com duas ênfases ativas: uma voltada para o mercado financeiro e a outra voltada à ciência dos dados. Nonato quer expandir o programa com o fechamento de novos convênios. “O que eu pretendo fazer é uma divulgação mais intensa do mestrado profissional, tentando fomentar parcerias que sejam mais duradouras com empresas e outros setores, como a área médica, a área industrial e até na indústria agrícola”, explica.

O mandato tem duração de dois anos e termina em novembro de 2017. Neste período, a professora Ellen Francine Barbosa será a suplente de Nonato na coordenação do MECAI.

 

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Protótipos da Feirinha de Produtos surpreendem empresários

Estudantes expuseram resultados de quatro meses de pesquisas

 

Na manhã de hoje, foi realizada a edição 2015 da Feira de Produtos, evento do Icmc Usp que estimula alunos a resolverem problemas reais de empresas. Entenda: http://goo.gl/C7w67m

Publicado por CEPID - CeMEAI em Sexta, 4 de dezembro de 2015

Ainda faltava uma hora para a abertura oficial da Feirinha de Produtos, mas a movimentação já era intensa no hall da Biblioteca do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos. Quase 100 estudantes acertavam os últimos detalhes do que iriam expor. Foram quatro meses de muito trabalho. Vinte e dois grupos foram montados para resolver problemas reais de três empresas: Siena Idea, Sanca Ventures e Enalta. Desde julho, os alunos avaliaram os casos. Hoje, os protótipos foram apresentados com os planos de negócios elaborados.

Pela Enalta, o desafio era na área de Comunicação para o Agronegócio e Energia. Um dos grupos, do qual participa o aluno Giovani Cunha Mocellin, desenvolveu um Data System Truck, uma interface de conexão remota entre tratores e um servidor central, por meio de dispositivos Android para envio de dados e armazenamento de informações. “Eles queriam que a gente fizesse uma conexão entre os sensores instalados nos tratores e o servidor deles. No sistema que desenvolvemos, os dados são gerados automaticamente. Fizemos também um aplicativo para celular, para acessar esses dados”, disse o estudante.

Em outro grupo, foi feito um protótipo para ajudar a Sanca Ventures. A empresa apresentou três problemas que gostaria de ver resolvidos. Nas áreas de “Marketing em Smart TVs”, “Monitoramento pela Internet e Segurança” e “Streaming para o ensino de línguas”. Rafael Victor Ferreira está entre os alunos que optaram pelo monitoramento pela Internet e Segurança. Ele cursa o último ano da Engenharia de Computação. “Nós desenvolvemos um aplicativo web, que, a partir da detecção de movimento em câmeras espalhadas pela empresa, gera uma notificação no notebook ou celular. E, a partir dessa notificação, você pode marcar se é uma situação de segurança ou de risco”. Junto a ele trabalhou outro estudante, Rodrigo Martins Racanicci, que comentou sobre a importância de projetos assim. “A gente tem mais contato com o problema, porque sabemos que temos de entregar algo funcionando. E é algo complexo, que envolve tanto módulo de software como de hardware, e nós temos que organizar tudo isso para fazer. Mas acabou dando certo”, ele concluiu.

Florence Sarmah também trabalhou para a Sanca Ventures, mas resolvendo um problema sobre streaming (tecnologia que envia informações multimídia) para o ensino de línguas. A empresa já tinha um projeto para o ensino de mandarim, só que utilizando o Skype, e, segundo a estudante, eles não queriam mais depender de uma empresa externa; queriam ter o próprio streaming de vídeo. Ela comenta que “do último checkpoint pra cá, checamos bastante a usabilidade do protótipo, pra deixar algo agradável para o usuário, pra entender os comandos sem precisar de um tutorial”.

A Feirinha de Produtos também abriu espaço para quem não resolveu um problema específico, mas inovou. Leonardo Sampaio, do terceiro ano de Ciências da Computação, criou com colegas um aplicativo diferente que pode ser usado por qualquer pessoa. “Nossa ideia foi criar uma experiência social que traga surpresa para a vida das pessoas. Chama-se “Becom” e é uma rede social baseada nos amigos do Facebook, só que tudo o que vocês posta é efêmero. Acaba em uma hora, meia hora. E você só vê se você tiver dentro do raio daquele conteúdo que você criou. Cada conteúdo a gente chama de becom. Quanto mais você curte, mais aumenta a vida útil do becom, mais o seu raio aumenta e atinge mais pessoas”, explicou Leonardo.

Várias empresas da região foram convidadas a prestigiar o evento, que faz parte da iniciativa “Projeto como Produto (PcP)”, ligada ao conteúdo abordado em duas disciplinas: a de Redes Móveis e a de Tópicos Avançados em Comunicação. O coordenador do PcP é o pesquisador do CeMEAI e professor do ICMC Edson Moreira. “Os trabalhos foram bem-sucedidos. O clima mostra isso. Os alunos estão motivados e contentes de terem resolvido os projetos”, falou Edson.

Os empresários também ficaram animados com os resultados. Pedro Siena, criador da empresa Siena Idea e desenvolvedor de negócios da marca, contou que acompanha os trabalhos do PcP desde o início e agora chegou a hora de ver as ideias – que já eram interessantes – se tornarem realidade. A Siena Idea trouxe para a Feirinha problemas na área de sinalização por beacons e ferramentas educacionais. “Aqui não há produtos prontos para serem implantados nas empresas. Mas para aqueles empresários que conseguem olhar e vincular isso às suas necessidades, sabendo que ainda são ideias prototipadas, eu diria que aqui a gente se sente numa Disneyworld. É como se cada uma das ideias fosse uma grande atração”, finaliza Pedro.

 

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Sistema de avaliação de pesquisador do CeMEAI é usado na Biblioteca do ICMC

O “SAO” foi disponibilizado esta semana

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Visitantes e usuários da Biblioteca Professor Achille Bassi, do ICMC, passaram a ter disponível o Sistema de Avaliação Online (SAO) para expressar a opinião sobre os serviços oferecidos. Segundo a bibliotecária Regina Célia Vidal Medeiros, chefe da seção de Atendimento ao Usuário, o sistema começou a ser adaptado para a finalidade há cerca de 6 meses e agora já pode ser acessado de qualquer lugar.

O SAO foi desenvolvido pelo grupo de Modelagem de Risco do pesquisador e coordenador de transferência de tecnologia do CEMEAI, Francisco Louzada. Ele já foi utilizado em mais de 40 eventos, tanto no Brasil como no exterior. É preciso preencher um formulário curto, com dados como sexo, idade, categoria (professor, aluno, funcionário, outros) e indicar a unidade do ICMC. Depois começam as perguntas (são mais de 30) sobre o prédio como a qualidade dos equipamentos oferecidos, se o ambiente é silencioso, se está limpo, se os livros são encontrados com facilidade, se o atendimento é bom, etc. Há cinco estrelas enfileiradas para cada resposta. E o usuário escolhe o número de estrelas que quer atribuir ao serviço questionado. Também há espaço para sugestões, críticas ou observações sobre a Biblioteca.

A iniciativa faz parte do PAQ, Programa de Avaliação da Qualidade de Produtos e Serviços, realizado pela da Biblioteca do ICMC há mais de 10 anos. Cada vez que o questionário é finalizado, as respostas vão para um banco de dados e são convertidas em resultados balizados por tabelas e gráficos, mostrando para os responsáveis pela Biblioteca as informações. Tudo feito em tempo real por meio de um relatório online.

O questionário está disponível no site do ICMC.

 

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Feirinha de Produtos será sexta-feira no Hall da Biblioteca do ICMC

Várias empresas e o público em geral foram convidadas para o evento

 

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Nesta sexta-feira (04) vai ser realizada a Feirinha de Produtos. A atividade faz parte da iniciativa “Projeto como Produto (PcP)”, diretamente ligada ao conteúdo de duas disciplinas dadas no ICMC: a de Redes Móveis e a de Tópicos Avançados em Comunicação. Os temas estão relacionados principalmente com ferramentas de comunicação remota para ensino, aplicações no agronegócio, controle de câmeras de vigilância à distância e sistemas de sinalização de ambientes e objetos por beacons.

Participam cerca de 90 alunos, divididos em 22 grupos. Desde julho os estudantes trabalham na resolução de problemas expostos a eles por representantes de três empresas participantes: Siena Idea, Sanca Ventures e ENALTA. Foram 4 meses para avaliar os casos e agora os 22 protótipos serão apresentados com seus planos de negócios elaborados.  

O evento vai das 10 da manhã ao meio-dia, no Hall da Biblioteca do ICMC e o projeto é coordenado pelo pesquisador do CeMEAI e professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Edson Moreira. Várias empresas foram convidadas a prestigiar a iniciativa.

Serviço:

Quando: sexta-feira, 04 de dezembro

Onde: Hall da Biblioteca do ICMC

Horário: das 10h às 12h

Aberto ao público

 

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Texto: Assessoria CEPID-CeMEAI

Fotos: Reinaldo Mizutani - PcP 2014

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Propagação de rumores e epidemias é tema de pesquisa no CeMEAI

O trabalho estuda como esse tipo de informação se propaga em redes sociais

 

Um trabalho de pesquisadores do CEPID - CeMEAI analisa sistemas complexos para avaliar como rumores e epidemias se propagam em redes sociais e tecnológicas. Entenda como a pesquisa funciona: http://goo.gl/kuwDTm

Publicado por CEPID - CeMEAI em Terça, 1 de dezembro de 2015

Um trabalho de pesquisadores do CeMEAI analisa sistemas complexos para avaliar como é feita a propagação de um rumor ou a disseminação de uma epidemia em redes sociais e tecnológicas. O projeto, intitulado “Modelagem de processos dinâmicos em redes complexas”, é coordenado pelo professor Francisco Rodrigues, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP). Cinco alunos do ICMC estão envolvidos na pesquisa, que começou em 2013. Estatística, inteligência computacional, física e engenharia são algumas das áreas abordadas pelo grupo.

O objetivo do pessoal é propor modelos matemáticos para prever e controlar a propagação de informações ou doenças infecciosas, mas esse estudo pode ser aplicado a outros sistemas, como o das espécies em uma cadeia alimentar ou redes de aeroportos, que são formadas por voos que conectam pares de cidades. O que os pesquisadores fazem é analisar as construções das redes complexas, aquelas em que muitas partes (geralmente milhares) se conectam. No Twitter ou Facebook, por exemplo, cada usuário é um vértice na rede e a interação entre eles forma conexões. Essas conexões podem se dar em vários níveis (patrão e empregado, marido e esposa, pai e filho, colegas de trabalho, amigos de infância, médico e paciente etc.) “A intenção é descobrir como a estrutura da sociedade, que é um sistema complexo, influencia na propagação de uma informação”, ressalta Francisco.

Aos pesquisadores não interessa o conteúdo da informação que está sendo enviada, mas sim a maneira como essas pessoas ou lugares ou células se interligam. Num primeiro momento, eles extraem os dados da web, para então filtrar as informações. Depois, usam os modelos matemáticos para tentar prever os principais propagadores daquele conteúdo. Se for uma epidemia, a partir do mapeamento da propagação, é possível saber quem deve ser vacinado ou isolado para evitar que a doença atinja mais gente. Se for uma informação, onde devo propagá-la para que chegue mais rapidamente a um número maior de pessoas.

Não há prazo para o término do estudo, que já tem seus primeiros resultados. “Já é possível saber que a previsão de um rumor é mais difícil de ser feita do que a de uma epidemia, porque, na doença, a pessoa se recupera, morre ou pega a doença de novo. Já no rumor, tudo pode acontecer. O que muda é o interesse das pessoas quando aquilo já não for mais novidade. E isso pode levar anos como pode acabar em segundos”, complementa Francisco.

O próximo passo da pesquisa, depois do mapeamento dos sistemas complexos escolhidos, é o aperfeiçoamento dos modelos. “Estamos considerando que as relações entre as pessoas são sempre as mesmas. Por exemplo: que você vai ter sempre os mesmos amigos. Mas isso, na realidade, muda. Então temos que levar em contas mudanças, para termos maior eficácia ao estudar a propagação”, conclui o pesquisador.

 

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Assessoria CEPID-CeMEAI

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A Matemática na película de sabão

Pesquisador do CeMEAI ensina estudantes de maneira divertida

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O Coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento do CeMEAI, Lúcio Santos, usa a matemática para chamar a atenção dos estudantes. Ele fez recentemente uma oficina para alunos do ensino médio. Todos da Escola Estadual João XXIII, de Americana, no interior de São Paulo. O professor falou sobre “a otimização e as conexões ótimas com película de sabão”.

Na oficina, foi discutida a maneira de encontrar o menor caminho para conectar um número finito de pontos em um plano. O problema é conhecido como “Problema de Steiner”, em homenagem ao matemático alemão Jakob Steiner (1796-1863). Steiner estudou o problema de encontrar um único ponto que se conectasse com todos os demais pontos de uma forma ótima, ou seja, de menor comprimento.

Para facilitar a compreensão dos alunos, o pesquisador usou exemplos simples. Em um deles, consideram-se os pontos A, B e C. A conexão ótima, no caso, é criar um “novo” ponto “P” e ligá-lo aos demais. No ponto P os 3 ângulos formados pelas conexões são todos iguais a 120 graus. Com 4 pontos, A, B, C e D, a conexão ótima possui dois “novos” pontos: “P” e “Q” (veja figuras abaixo). E novamente os ângulos formados pelas conexões são iguais, com 120 graus cada.

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Em 1968 foi deduzida uma estimativa para o comprimento mínimo de conexões desse tipo, mas só em 1991 houve uma prova matemática para comprovar o fato. Para exemplificar as conexões ótima, podem ser usadas duas placas de acrílico (por exemplo, capas de CD) com pinos (palitos) de tamanhos iguais que representam os pontos. Ao serem mergulhadas em água e sabão, forma-se uma película entre os pinos, representando as conexões ótimas entre os pontos (veja figuras abaixo).

figura 3          figura 4

O professor Lúcio também levou armações de arame, onde a superfície formada pela película de sabão exibe características semelhantes às conexões ótimas de Steiner (veja figuras abaixo).

figura 5          figura 6

A receptividade dos alunos foi excelente, principalmente em relação ao uso de materiais não usualmente presentes em sala de aula e à simplicidade dos experimentos. Isso demonstra a importância da construção de exemplos simples e diretos, que contribuam para um melhor entendimento dos conceitos e para a diminuição do “temor” que muitos têm da Matemática.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras seis instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Texto: Assessoria CEPID-CeMEAI

Fotos: arquivo pessoal / Lúcio Santos

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Assessoria de Comunicação do CeMEAI: (16) 3373-6609 

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Agência USP de Inovação realiza 6ª Semana de Propriedade Intelectual e Inovação

Pesquisadores do CeMEAI participaram do evento

Alguns pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) participaram hoje da 6ª Semana de Propriedade Intelectual & Inovação. Foi no auditório “Professor Fernão Stella de Rodrigues Germano”, no bloco 6 do ICMC, na USP em São Carlos. Mas a programação segue até sexta-feira em outros campi da universidade.

A abertura do evento foi feita pelo analista administrativo do Polo local da Agência USP, Eduardo Brito. Durante meia hora ele explicou o papel da Agência - órgão vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa – que é promover a utilização do conhecimento acadêmico em prol do desenvolvimento socioeconômico do estado e do país. Atualmente, segundo Brito, a agência conta com cerca de 60 colaboradores (entre funcionários, estagiários e bolsistas) distribuídos nos campi da USP para o atendimento da comunidade interna e externa, já que a agência também pode tirar dúvidas de empresas interessadas em temas ligados à propriedade intelectual. Além de gerenciar as criações protegidas, a agência também faz licenciamentos, promove eventos, capacita pessoas e atua no fomento à criação de empresas, entre outros.

O destaque da apresentação foi o anúncio do lançamento do sistema online de solicitação de proteção de propriedades intelectuais. Ele deve entrar em funcionamento na segunda semana de dezembro e São Carlos foi a cidade escolhida para servir de piloto do Portal de Comunicação de Criação. A ideia é disponibilizá-lo em 2016 para os outros campi da Universidade. Assim, os pesquisadores fazem o pedido de patente diretamente da sala deles, no computador. E têm acesso às informações referentes à solicitação, como o acompanhamento passo a passo do processo. Brito também detalhou como entrar no sistema, preencher os formulários, anexar documentos e acompanhar a tramitação, ressaltando que o banco de dados será atualizado automaticamente. O software permite o encaminhamento das informações de forma criptografada, garantindo maior segurança aos usuários.

Depois de Brito, quem ministrou palestra no auditório foi a Procuradora-chefe da Procuradoria Acadêmica e de Convênios da USP, Marisa Alves Vilarino. Durante uma hora e meia, ela falou sobre dois temas. O primeiro foi “A nova política de inovação da Universidade de São Paulo: resolução 7035/14”. Marisa acredita que as mudanças na legislação são positivas. “Nós estamos empenhados em agilizar e proteger os interesses do pesquisador e da universidade de forma geral”, disse ela, que abordou ainda o conceito de inovação tecnológica, os desafios atuais como a interpretação do que é direito público e o que é direito privado, e a ponderação de princípios como a transparência e o sigilo. O que deve ser levado em conta em cada caso de pedido de patentes, marcas ou registros. Marisa falou ainda das normas constitucionais, dos tratados internacionais da área e da legislação ordinária brasileira. Citou a inclusão de regulamentação específica para parques tecnológicos e incubadoras de empresas. A Resolução 7035/14, que trata dos procedimentos para a proteção da propriedade intelectual, chegou para esclarecer muitos questionamentos sendo mais abrangente e norteando os rumos da universidade.

Na segunda parte da palestra da procuradora, o tema foi “Portal de Convênios: novos procedimentos para parcerias”. Ela comentou a reestruturação dos convênios da universidade, explicando a criação do Portal já em vigor e a simplificação dos procedimentos, padronizando documentos, reduzindo instâncias de tramitação e facilitando o acompanhamento dos processos. Ressaltou que em um primeiro momento estão disponíveis duas modalidades de pedidos de convênios pela internet: de graduação e de pesquisa. Por ele foram feitos 1005 convênios de estágio, 21 registros de transferência de material, 39 acordos de confidencialidade, 63 convênios de pesquisa e 16 contratos de prestação de serviço. Muitas pessoas da plateia aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas.

Por fim, quem deu palestra foi Maria Aparecida de Souza, diretora técnica da Propriedade Intelectual da Agência USP de Inovação. Maria Aparecida discorreu sobre o cenário geral da inovação tecnológica, tendo por base os últimos 10 anos e a maior atenção do governo para os pesquisadores. Explicou que os pedidos de patentes devem levar em conta a viabilidade legal da proteção postulada, a viabilidade econômica da inovação e a relevância social da criação.

Foram esclarecidos também os principais pontos de mudança com a resolução 7035/14. Um deles é a cessão para inventores. Caso a universidade não concorde com o pedido de patente, o pesquisador pode então solicitá-la em seu nome, se tornando o inventor e o titular da mesma. Outra alteração diz respeito à cessão de direitos. Agora a USP pode fazer uma cessão onerosa à empresas que estejam interessadas em produtos patenteados, via licitação e edital. Os ganhos econômicos das pesquisas também sofreram mudanças. Antes 50% do total ia para o pesquisador, percentual que baixou para 30%, em respeito à Lei de Inovação, que limita esse valor a um terço do total recebido pela instituição. E a Agência USP de Inovação passou a receber 10% dos ganhos econômicos, o que antes não acontecia.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras seis instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Assessoria CEPID-CeMEAI

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Dois consultores da Fapesp visitam a USP em São Carlos

Eles vieram avaliar o trabalho do CeMEAI

Nesta terça-feira (24) dois consultores da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – estiveram na USP em São Carlos. Carlos Antonio Balseiro e Faruk José Nome Aguilera permaneceram por quase quatro horas no ICMC, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação. Vieram com a missão de avaliar o trabalho desenvolvido no CeMEAI – Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria.  O CeMEAI é um dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela Fapesp no Estado de São Paulo.

Os consultores fazem parte do Comitê de Avaliação da Fapesp. Carlos Antonio Balseiro é físico argentino e professor titular na Universidade Nacional de Cuyo. Faruk José Nome Aguilera é chileno e docente na Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Química Orgânica.

Cada CEPID tem os resultados e planos de pesquisa avaliados no 2°, 4° e 7° anos de criação. Esta foi a primeira avaliação feita no CeMEAI, que começou a funcionar no final de 2013. Na reunião, o diretor do Centro, José Alberto Cuminato, explicou a estrutura dele, citando as instituições associadas. Falou também da missão dos pesquisadores, que ele definiu como “irradiar as ciências matemáticas aplicadas à indústria, que vão além da ciência acadêmica. São ciências vivas que contribuem para o desenvolvimento do país e precisamos semear essa ideia”.

Depois do diretor, para exemplificar melhor as parcerias do CeMEAI, quem usou a palavra foi o professor Francisco Louzada, que também é o coordenador de Transferência Tecnológica do CEPID. Hoje são 61 projetos com a indústria. Louzada citou alguns deles, como o que otimiza a produção de frangos em granjas na região de Jundiaí, o sistema que detecta talentos esportivos (já posto em prática em uma escolinha de futebol) e o que traça a melhor rota de navios e otimiza o abastecimentos das embarcações nas plataformas de petróleo da Petrobrás. O pesquisador ressaltou ainda os workshops realizados ou apoiados pelo CeMEAI, usando o exemplo do Sistema de Avaliação Online (SAO) que usa a estatística para ter um feedback do evento. A SBPC 2015 – reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – implantou o sistema para saber a opinião de quem tinha visitado a Feira, realizada em julho deste ano na Universidade Federal de São Carlos.

Lúcio Tunes dos Santos, Coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento, discorreu sobre a importância de se aproximar a matemática dos estudantes, o que já é feito por meio de visitas a escolas. Outra possibilidade de despertar o gosto pela ciência é desenvolver kits didáticos de experimentos, o que já está sendo aprimorado pelos pesquisadores. “Nós também pretendemos fazer pequenos vídeos, de 3 ou 4 minutos de duração, como material de divulgação nas escolas”, ressaltou o coordenador.

Em seguida, quem falou foi o Gerente de Educação e Difusão do Conhecimento, Gustavo Faria. Segundo ele, os três focos do CeMEAI são o público em geral (leigo), os cientistas e os empresários. Foram exibidos durante a apresentação alguns dos vídeos e textos feitos pela Assessoria de Comunicação do Centro, já disponíveis em redes sociais e no site do centro. Faria comentou sobre a repercussão das notícias na mídia, o que despertou, em alguns casos, o interesse de empresas, que entraram em contato para firmar parcerias.

Por fim, quem se apresentou foi o vice-diretor do CeMEAI, José Mario Martínez. Ele elencou dez tópicos sobre o CEPID na sociedade. Falou sobre a necessidade de se eliminar o que chamou de “analfabetismo matemático”, termo relativo a quem não sabe matemática e não tem vergonha disso. Mas não era da matemática complicada que ele se referia. Ele atentou para a necessidade de saber, por exemplo, calcular juros simples para que consumidores não se endividem na hora de escolher um empréstimo. Entender a matemática em situações do dia a dia ajudaria a sociedade a se desenvolver mais. Martínez também abordou a questão da capacitação de recursos humanos, e citou um novo curso de pós-graduação que deve ser lançado pela Unicamp: Matemática Interdisciplinar. O pesquisador também comentou a necessidade do CEPID  manter a produção científica convencional em alto nível, para que o CeMEAI tenha credibilidade.

Terminadas as apresentações, os consultores formularam algumas perguntas e tiveram as dúvidas esclarecidas. Eles também estão visitando e avaliando outros CEPIDs e cada consultor prepara um relatório com as suas observações. Todos os relatórios são discutidos entre os integrantes do comitê (são cerca de 13 consultores distribuídos para as avaliações) e depois são submetidos à Fapesp, que traça um parecer de cada Centro.

 

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. 

Além do ICMC, o CEPID-CeMEAI conta com outras seis instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET-UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (IMECC-UNICAMP); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (IBILCE-UNESP); a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP); o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).

Assessoria CEPID-CeMEAI

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